Segundo advogado, uma promotora do Ministério Público teria conversado com os jurados fora do horário de julgamento, o que é proibido pelo Código de Processo Penal. MP não se manifestou sobre o assunto. Defesa de viúva condenada pela morte de procurador pede anulação do júri popular
A defesa da viúva condenada pela morte do procurador aposentado Antônio de Melo Araújo pediu a revisão criminal do júri popular que a condenou a 31 anos e oito meses de prisão em agosto de 2019.
Segundo o advogado de defesa, Edson Teles, uma promotora do Ministério Público teria conversado com os jurados fora do horário de julgamento, o que é proibido pelo Código de Processo Penal. Ele disse ainda que teve acesso recentemente a um vídeo que mostra a ação.
“A defesa obteve uma nova prova que foi o vídeo da promotora quebrando a incomunicabilidade dos jurados no dia 29 e, através disso, foi a prova que sustentou a revisão criminal a fim de anular o referido julgamento e designar uma nova data para o julgamento desse caso”, disse.
Para o advogado, a gravação é suficiente para pedir a anulação do júri, já que demonstra a imparcialidade do Conselho de Sentença.
A assessoria do Ministério Público foi procurada, mas até o fechamento desta matéria não emitiu um posicionamento sobre a situação.
Entenda o caso
No dia 6 de abril de 2014, Antônio de Melo Araújo fazia uma caminhada na Avenida Melício Machado, Zona Sul da capital sergipana, quando foi atropelado pelas costas por um carro que invadiu a contramão.
Em agosto do mesmo ano, a polícia concluiu com as investigações que o acidente teria sido premeditado e que a viúva da vítima seria a principal suspeita de ser a mandante do crime. Além dela, de acordo com as investigações, estariam envolvidos o genro da vítima e o pai dele.
A motivação para o crime seria possíveis prejuízos financeiros com uma possível separação do casal.
Fonte: g1 SE
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