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Mulher é presa suspeita de matar sergipano no MA durante briga por pagamento de programa sexual

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A princípio, a família da vítima desconfiava que a morte de José Fábio teria relação com a empresa em que ele trabalhava, pois, após ser demitido por justa causa, o homem gravou um vídeo contestando a demissão. José Fábio foi morto a facadas e a família desconfia que o crime tenha sido por vingança de uma empresa em que ele trabalhava
Reprodução/Redes sociais
Uma mulher foi presa, na manhã desta quinta-feira (29), suspeita de ter assassinado o sergipano José Fábio Pereira Domingos, de 32 anos, que foi morto a facadas no dia 7 de fevereiro, na cidade de Balsas, no Sul do Maranhão.
A princípio, a família da vítima suspeitava que a morte de José Fábio poderia ter relação com a empresa em que ele trabalhava, pois, após ser demitido por justa causa, o homem gravou e divulgou um vídeo nas redes sociais, relatando que achou injusta a sua demissão e cobrou da empresa o pagamento referente aos dias trabalhados, que não teriam sido pagos.
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Porém, no decorrer das investigações, comandadas pela Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de Balsas, a polícia descobriu que a vítima havia se desentendido com uma mulher sobre o pagamento de um programa sexual.
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Durante a discussão, em um bar próximo a um posto de gasolina, no bairro Potosí, José Fábio e a mulher chegaram a se agredir fisicamente e, em seguida, já do lado de fora do estabelecimento, a mulher desferir um golpe de faca no abdômen da vítima.
O homem chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levado a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Durante a investigação do crime, a polícia coletou imagens de videomonitoramento e ouviu testemunhas, conseguindo identificar a suspeita de cometer o homicídio.
A autoridade policial representou pela decretação da prisão temporária da mulher, o que foi autorizada pela Justiça.
Na manhã desta quinta, os policiais civis do Maranhão deram cumprimento ao mandado de prisão temporária contra a suspeita. Após os procedimentos de praxe, a presa foi encaminhada à Unidade Prisional de Balsas, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Família desconfiava de morte encomendada
De acordo com familiares, José havia saído de Sergipe após aceitar uma oferta de emprego em uma fazenda, onde trabalharia na área de serviços gerais na empresa SLC Agrícola, que pertence ao Grupo SLC, e é produtora de commodities agrícolas em Tasso Fragoso, município vizinho a Balsas.
Em Tasso Fragoso, José contou em um vídeo que ainda não tinha feito dois meses de contratado quando recebeu a ordem de operar uma empilhadeira e limpar o pátio de uma algodoeira. Nesse dia, ele diz que, acidentalmente, bateu em uma máquina de imprensadora de fardos de algodão, o que motivou sua demissão por justa causa.
José gravou um vídeo reclamando da empresa onde trabalhava, pouco tempo antes ser morto
No entanto, na gravação feita por ele próprio (veja acima), José conta que achou injusta a sua demissão e cobrou o pagamento referente aos dias trabalhados, que não teriam sido pagos.
“Me expulsando da empresa sem direito a nada. Queriam que eu assinasse uma justa causa, eu falei que não assinava. Eles tinham que pagar ao menos minha passagem de volta e não estão pagando. Os colegas meus que estão fazendo uma vaquinha para eu ir embora”, declarou José, no vídeo.
Pouco tempo depois, José foi assassinado e a suspeita dos familiares era de que o crime tinha relação com as reclamações que ele havai feito no vídeo, após sua demissão.
“O José era um menino de ouro e tinha um filho de cinco anos. A cidade [Poço Redondo] está de luto. A família desconfia da empresa. Temos que falar a verdade, né?”, afirmou Aderaldo Rodrigues, primo de José Fábio.
A Polícia Civil de Balsas, no entanto, disse que, a princípio, ainda não havia elementos que ligassem a demissão de José Fábio com o motivo de seu assassinato e que o caso poderia ter relação com a venda de drogas.
Para os familiares, a tese de que ele poderia ter sido morto por causa de drogas não fazia sentido.
“Ele trabalhava em uma pizzaria aqui, e entregava a noite toda. Nunca ouvimos falar que era usuário de drogas. Menino bom mesmo”, afirmou Aderaldo.
O que diz a SLC Agrícola
Após as acusações da família da vítima, a empresa SLC Agrícola afirmou que lamentava a morte de José Fábio e negou qualquer relação de seu assassinato com o período em que trabalhou na empresa, e declarou que teria pago os dias devidos a ele.
“A SLC Agrícola lamenta o falecimento de seu ex-funcionário José Fábio Pereira Domingos. A companhia tomou conhecimento sobre o caso na manhã desta quinta-feira (08) e reitera que Domingos foi agredido fora das instalações da SLC, sendo que o profissional já não fazia parte do quadro de funcionários da empresa. A companhia reitera que o desligamento do ex-funcionário ocorreu legalmente, com os devidos pagamentos feitos corretamente, respeitando as normas trabalhistas vigentes e que sua passagem pela empresa foi pelo período de 60 dias, na função de safrista, com atuação na Fazenda Parnaíba, localizada em Tasso Fragoso (MA)”, diz a nota.

Fonte: g1 SE

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