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Homem natural de Porto da Folha, que vivia em situação de rua, morre em Nossa Senhora do Socorro Antes de morrer, homem percorreu mais de 340 km ao lado da cadela

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Imagem de redes sociais

No último sábado (29), um caso comovente tomou conta dos noticiários e redes sociais, a morte de um homem em situação de rua, na cidade de Nossa Senhora do Socorro. Na história, o que também chamou atenção foi a lealdade da cadela, que permaneceu ao lado do tutor por horas.

O homem ainda não foi identificado oficialmente. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP/SE), estava sem documentação. Mas agora a história ganha desdobramentos.

A vítima, até então sem nome, se chamaria José Carlos e era natural de Porto da Folha. Ele viajou até a cidade do Alto Sertão sergipano, distante cerca de 170 quilômetros da capital, para buscar a certidão de batismo, pois não possuía documentos para dar entrada ao processo de aposentadoria.

Na cidade, conheceu Eliomar Ricardo, morador de Porto da Folha, ele teria tido contato com a vítima dias antes da morte. Na praça do município, ele contou detalhes da vida. José Carlos teria ido viver nas ruas após uma separação, foi quando decidiu morar na capital sergipana.

“Estive com José dia 24 de julho, na praça. Eu ia passando e ele disse que estava com frio, fui em minha casa, peguei uma coberta, colchonete, um casaco. Ele disse que tinha vindo de Aracaju para Porto da Folha para tirar um documento na casa paroquial, tinha vindo a pé”, conta.

Durante a conversa, o homem disse a Eliomar os nomes dos pais e padrinhos, mas ele não conhecia. José Carlos também contou que tinha uma prima, que residia na Barra dos Coqueiros, porém não disse o nome. Eliomar ofereceu ajuda financeira para os custos com o transporte, no entanto, ele negou, pois estava acompanhado da cachorrinha.

Ele me agradeceu, mas disse que não queria porque estava com companhia, e a companhia dele era a cadela,

detalha.

Na terça-feira, dia 25, ele retornou para Aracaju. No sábado seguinte, Eliomar viu nas redes sociais as fotos do homem sem vida e o animal ao lado. Imediatamente, ele reconheceu a cadela, o lençol e os chinelos usados pelo homem em situação de rua. “Fui até lá, porque no bolso dele estava algumas informações que ele pegou para levar ao cartório”, narra.

Assim, ele, junto com outras pessoas que se solidarizaram com a história, buscou o batistério na igreja e encaminhou a SSP, para ajudar a encontrar os familiares.

Assista ao depoimento de Eliomar Ricardo

https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=0504SHJvTBA&source_ve_path=MzY4NDIsMTM5MTE3LDM2ODQyLDI4NjY0LDIzODUx&feature=emb_title

Por Luciana Gois, redação Portal A8SE01/08/2023 15h32

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